segunda-feira, 20 de outubro de 2008

«Que dessa conclusão aparece as saudade de soslaio. Espreita mas de costas, a traiçoeira. Cospe mas de nada. É voraz mesmo de quem nunca viu.»

Escondo-me. Começou por tudo, e agora vai ali. Devagar. De vagar. A vagar.

Sangra. Sangue que corre. Escorre. Acorre e entra. Acorrenta. Serpenteia por entre os momentos que entorna. Adorna. Adormece tão profundo como a dor. Tão fundo como o amor. Esquece o movimento e torna a eternizar o esquecimento. Vinga-se e zanga-se. Zomba e dança onde o dia se apaga. Afaga. A luz. Limpa-se da pureza. Putrefacto, nutre o facto de se olhar. E pasmar. Repete-se. Repele-se. Mergulha em busca de ar. Respira lá. Inspira aqui onde ambos elevamos a ânsia. Na distância.
Na falta.
Na cura.
Onde calha. Encalha e respira. Inspira. Anseia. Revolve e revolta a tormenta. Torna. Toma cada gota como a última. Ultima e mata. Tenta e tenta-se. Antecede a calma por reveses repentinos e reveza-se nos turnos. Taciturno, vai-se escolhendo sem as alternativas que sempre espreitaram. Atrás. De si, só aguenta o ruído. Rói-se. Rói por que dói. Mói os restos de poeira que turvam a escolha.
Olha.
Outro a vagar…devagar.